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Volatilidade domina e dólar volta a cair em sintonia com vaivém externo

A montanha-russa no mercado de câmbio doméstico continuava na tarde desta terça-feira, com o dólar abrindo mão dos ganhos de mais cedo e passando a cair, variando mais de 10 centavos de real entre a máxima e a mínima.

O pregão é volátil também no exterior, o que denuncia uma crescente cautela do mercado com um “combo” formado por aumento de casos de Covid-19 e suas consequências, sinais mistos sobre a atividade econômica pelo mundo e renovadas tensões geopolíticas entre EUA e China.

O dólar voltou a perder força no Brasil depois de 12h, quando os mercados globais ensaiaram recuperação em meio à demanda por ativos que se beneficiam de ciclos econômicos. Mas o vaivém seguia constante, à medida que se mantinha o temor de mais retrocesso em processos de reabertura das economias.

“No caso dos EUA, painel semanal de dados de alta frequência mostra, como seria de esperar, que o ‘aumento de novos casos de Covid-19 está diminuindo o ritmo da recuperação da economia norte-americana da pandemia'”, disse o conselheiro econômico principal da Allianz (DE:ALVG), Mohamed A. El-Erian, no Twitter.

Análises de Bank of America e Morgan Stanley (NYSE:MS) chamam atenção para o acúmulo de posições compradas em ações do setor de tecnologia nos EUA, o que apontava riscos de um mercado “esticado”. O receio é que uma ampla realização possa gerar fuga de mercados mais arriscados e voltar a turbinar os preços de ativos como o dólar.

Sobre o dólar/real, o Bank of America relatou que gestores de fundos pioraram as expectativas para a moeda brasileira em relação a um mês atrás. Segundo o BofA, 43% dos participantes de sondagem mensal esperam o dólar acima de 5,30 reais ao fim do ano, contra 19% no mês passado, com boa parte projetando que a moeda ficará entre 5,31 reais e 5,60 reais ao término de 2020.

Às 15h41, o dólar à vista caía 0,94%, a 5,3372 reais na venda. A moeda oscilou entre alta de 1,24%, para 5,4548 reais, e queda de 1,03%, a 5,3327 reais.

O real figurava entre as divisas de melhor performance nesta sessão, depois de mais cedo ocupar a ponta de baixo. O peso mexicano lidera os ganhos, em alta de 1,4%. O índice do dólar frente a uma cesta de moedas cedia 0,3%, não distante das mínimas da sessão.

Fonte: Investing.com