As conversas para aporte do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) nas companhias aéreas Azul (SA:AZUL4), Gol (SA:GOLL4) e Latam (SA:LTM) estão travadas, duas semanas após o início das negociações.
Hoje, as ações da Gol operavam com queda de 3,10% a R$ 11,27 e as da Azul caíam 2,82% a R$ 15,84. Em Santiago, os papéis da Latam perdiam 2,04% a 2.840,90 pesos, enquanto as ADRs da companhia negociadas em Nova York tinham queda de 0,45% a US$ 3,31. As ações das aéreas iam na contramão do Ibovespa hoje, que subia 0,94% a 78.412 pontos.
As discussões estão travadas no ponto sobre teto de participação que o banco estatal teria companhias, o que deve levar a uma diluição dos atuais acionistas. Os recursos seriam liberados para que essas empresas superem a crise trazida pelo novo coronavírus, que colocou em xeque todo o setor.
Para as negociações, a Azul teria contratado o Itaú BBA e a Latam o BTG Pactual (SA:BPAC11). Já a Gol estaria negociando diretamente com o BNDES. A avaliação é que o banco tem sido pouco flexível na mesa de negociação e tenta impor aos acionistas das companhias aéreas uma diluição de até 30%, enquanto as empresas estariam dispostas a aceitar de 10% a no máximo 15%.
O BNDES também quer o preço de conversão próximo ao que está hoje, o que as aéreas não têm concordado. Uma das propostas que foi colocada na mesa seria a média do preço das ações nos últimos dois anos.
