O dólar iniciou o mês de maio em disparada contra o real, chegando a superar 5,61 reais nesta segunda-feira(04/05), em meio a temores sobre um retorno da guerra comercial entre Estados Unidos e China e tensões políticas internas.
O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou na semana passada que seu árduo acordo comercial com a China agora é de importância secundária diante da pandemia de coronavírus, e ameaçou novas tarifas sobre Pequim à medida que seu governo elabora medidas de retaliação diante da crise de saúde.
Em outro desdobramento tenso na retórica entre as duas maiores economias do mundo, o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, disse no domingo que há “quantidade significativa de evidências” de que o coronavírus surgiu em um laboratório chinês.
“A intensificação dessas tensões (entre EUA e China) ocorre em um cenário no qual prevalecem as preocupações em relação ao PIB global”, disse o Bradesco (SA:BBDC4) em boletim diário. “Assim, o dólar se fortalece, ao passo que os mercados acionários operam em queda e os contratos futuros de petróleo voltam a recuar.”
O dólar avançou 2,98%, a 5,5998 reais na venda. Na máxima do dia, alcançada logo após a abertura, o dólar tocou 5,6152 reais na venda, alta de 3,25%.
Na B3, o principal contrato de dólar futuro tinha alta de 2,02%, a 5,6065 reais.
O dólar negociado no mercado interbancário fechou a última sessão de abril, na quinta-feira(30/04), com salto de 1,55%, a 5,4380 reais na venda, encerrando o mês em alta de 4,69%.
No ano de 2020, em meio ainda a cenário de juros baixos e incertezas econômicas globais, o dólar já acumula alta de quase 40% contra o real.
Fonte: (Investing.com)