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IABr teme que o consumo de aço no Brasil no segundo trimestre pode cair 40%

A indústria siderúrgica se juntou a outros setores da sociedade insatisfeitos com as medidas de contenção da epidemia de coronavírus adotadas no país, que paralisaram uma série de atividades econômicas, incluindo os maiores consumidores de aço no país.

Uma coletiva online foi convocada a jornalistas, o presidente do Instituto Aço Brasil (IABr), Marco Polo de Mello Lopes disse, “O que estamos dizendo é que a gente precisa começar a trabalhar o retorno gradual, sob protocolos de segurança, das atividades da economia. A roda tem que voltar a girar”.

Durante a coletiva, Lopes afirmou que o setor trabalha com perspectiva de quedas de cerca de 50% no consumo de aço em abril ante março e de 40% no segundo trimestre ante os três primeiros meses do ano. Para o ano, o cenário aponta para queda de 20% no consumo, disse o presidente do IABr, que participou de reunião mais cedo com dirigentes de siderúrgicas do país. A entidade é formada por empresas como Usiminas (SA:USIM5), Gerdau (SA:GGBR4), ArcelorMittal, Ternium e Vallourec.

O executivo afirmou que o IABr, que integra a chamada Coalizão Indústria, formada por vários setores incluindo automotivo, máquinas e equipamentos e construção civil, apresentou ao governo um conjunto de medidas para apoiar a retomada da economia e afirmou que entre os pedidos está um antigo: a elevação da alíquota do Reintegra.

O mecanismo, criado para compensar exportadores sobre os impostos que incidem na cadeia produtiva, teve alíquota reduzida durante o governo de Michel Temer para 0,1%, como consequência do impacto da greve dos caminhoneiros em 2018, e a defesa do IABr é uma elevação desse percentual para 5%.

Segundo Lopes, com a alíquota do Reintegra em 5%, o setor consegue melhorar seu preço de exportação em 7%, ganhando competitividade. O pleito já havia sido feito há cerca de dois meses pelo setor junto a representantes do governo federal. Na época, o IABr calculava que se a alíquota fosse elevada as siderúrgicas poderiam aumentar suas exportações em 20%.