O dólar fechou em queda nesta segunda-feira, com a moeda norte-americana devolvendo parte dos fortes ganhos da semana passada, que colocaram o real entre as divisas de pior desempenho.
Dados melhores que o esperado do mercado formal de trabalho no Brasil ajudaram no ajuste desta sessão, indicando alguma chance de tombo menos intenso na atividade econômica por causa da pandemia do Covid-19.
O Brasil fechou 331.901 vagas formais de trabalho em maio, pior desempenho para o mês da série disponibilizada pelo Ministério da Economia, com início em 2010, mas numa melhora em relação à performance fortemente negativa de abril. O resultado de maio veio melhor também que o esperado por analistas de mercado.
Boa parte do sentimento negativo com o real decorre da percepção de que a economia brasileira, além de sofrer um baque com o coronavírus, poderá demorar mais do que outros países para sair da recessão. Nesse sentido, números melhores do mercado de trabalho –que se relacionam diretamente a consumo– trazem algum alento diante de previsões de declínio da economia perto de 10% neste ano.
Quanto mais fraca a atividade, mais a inflação tende a ficar baixa, o que daria ao Banco Central espaço para seguir cortando os juros –movimento que por sua vez pressionaria mais o real por diminuir os retornos associados à moeda brasileira.
Analistas do Bank of America estão vendidos em juros em reais, o que reflete apostas em contínua queda das taxas, conforme relatório a clientes.
O dólar à vista caiu 0,73%, a 5,4252 reais na venda.
Na B3, o dólar futuro de maior liquidez tinha queda de 1,29%, a 5,4145 reais, às 17h10.
Fonte: (Investing.com)