Geral Moedas

Dólar avança com cautela global e euro fraco após declaração de Lagarde

Um escândalo envolvendo vários dos principais bancos globais provocou cautela nos mercados internacionais nesta segunda, 21, o que apoiou a compra do dólar. Além disso, o risco de novas paralisações da atividade por causa da covid-19 e declarações da presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, sobre o euro contribuíram para o movimento.

No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 104,69 ienes, o euro recuava a US$ 1,1767 e a libra tinha baixa a US$ 1,2812. O índice DXY, que mede o dólar ante outras divisas principais, subiu 0,79%, a 93,656 pontos.

Documentos obtidos pelo BuzzFeed e compartilhados com um consórcio internacional de jornalistas (ICIJ, na sigla em inglês) mostram que mais de US$ 2 trilhões de origem potencialmente ilícita foram transacionados no sistema financeiro internacional por quase duas décadas. A notícia provocou uma onda de aversão ao risco nos mercados, com queda forte das bolsas dos dois lados do Atlântico.

O avanço do novo coronavírus pela Europa, com uma segunda onda da doença, e o risco de que isso provoque novos problemas na atividade também contribuíram para a cautela – na avaliação do BK Asset Management, isso teve o maior peso no mercado cambial hoje. A consultoria Eurasia comentou que o Reino Unido pode ter de recorrer a medidas do tipo. O noticiário sobre a covid-19 pressionou a libra, segundo a Western Union, que também destaca em relatório a volatilidade da moeda britânica com as dúvidas no futuro comercial, após a saída do país da União Europeia (Brexit).

O euro, por sua vez, ampliou perdas após Lagarde dizer que o BCE está atento à valorização recente da moeda. Segundo ela, o movimento no câmbio “obviamente exerce papel em diferentes áreas relacionadas à política monetária, o que coloca pressões negativas sobre os níveis dos preços”. Após a fala, o dólar ampliou sua alta.

O BBH afirmou em relatório que o dólar era apoiado hoje pela aversão ao risco, mas considerou que o movimento poderia se mostrar de fôlego curto. O banco nota que a política dos EUA estará cada vez mais em foco, conforme se aproxima a data da disputa pela Casa Branca.

Fonte: Investing.com