Os 10 principais grupos que operam distribuidoras de energia no Brasil devem enfrentar uma queda de aproximadamente 54% na geração de fluxo de caixa devido a impactos do coronavírus sobre o mercado, o equivalente a cerca de 13 bilhões de reais, estimou a Fitch Ratings.
A Fitch estimou uma queda de 20% em volumes de energia para as empresas no segundo trimestre quando na comparação com as estimativas originais para o período, além de uma inadimplência de 20% no trimestre.
“Grupos com maior exposição ao segmento de distribuição em seus resultados consolidados devem ter um maior impacto no fluxo de caixa e uma deterioração mais severa da liquidez”, disse a Fitch, citando Enel (MI:ENEI) Brasil, Energisa (SA:ENGI4), Equatorial (SA:EQTL3), Light (SA:LIGT3) e Celesc (SA:CLSC4).
Empresas com negócios mais diversificados, como CPFL (SA:CPFE3), Cemig (SA:CMIG4), Copel (SA:CPLE6) e EDP (SA:ENBR3) Brasil, devem enfrentar impactos mais moderados sobre suas métricas de crédito.
O governo brasileiro publicou medida provisória (MP) para viabilizar operações de crédito às distribuidoras que devem ser realizadas por meio da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
O Ministério de Minas e Energia disse que a iniciativa “visa prover um alívio financeiro às distribuidoras”, sem mencionar os valores que deverão ser movimentados pelos empréstimos.