A Eneva (SA:ENEV3) decidiu encerrar tratativas com a AES Tietê sobre uma proposta de combinação dos negócios das companhias avaliada em 6,6 bilhões de reais, informou a empresa.
O fim das negociações vem após o conselho da AES Tietê ter rejeitado a oferta e sua controladora, a norte-americana AES afirmar que a operação envolvendo a empresa não poderia ser implementada sem seu aval, uma vez que possui a maior parte das ações com direito a voto na elétrica.
A Eneva esperava que sua oferta pudesse ser submetida a apreciação de todos os acionistas da AES Tietê em assembleia.
“No entendimento da Eneva a operação não deveria seguir, nesse momento, em meio a um provável embate acerca dos direitos dos acionistas preferenciais da AES Tietê e os interesses do acionista controlador daquela companhia”, disse a Eneva.
Na visão da Eneva, o posicionamento da AES sobre a oferta descumpriria o estatuto da AES Tietê e o regulamento de listagem da empresa no nível 2 de governança corporativa da bolsa B3.
A AES havia defendido, em carta divulgada pela AES Tietê na segunda-feira(20/04), que “está claro para nós que a combinação de negócios proposta não pode ser implementada sem a aprovação da maioria dos titulares de ações ordinárias da companhia”.
A AES Tietê, apesar de ter rejeitado a fusão, havia deixado a porta aberta para a apresentação de uma nova oferta pela Eneva, sinalizando que poderia avaliar uma proposta maior e envolvendo pagamento em dinheiro.
A Eneva propôs inicialmente um negócio envolvendo 2,75 bilhões de reais em dinheiro e o restante em ações.
Se viabilizada, a operação criaria uma gigante do setor de geração no Brasil, ao unir ativos termelétricos a carvão e gás da Eneva a um parque de usinas hidrelétricas, eólicas e solares da empresa da AES, focada em renováveis.
Fonte: (Investing.com)