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Ações – Boeing desiste de acordo e Embraer acusa empresa de “falsas alegações”

A Boeing (N:BA) cancelou o acordo de compra do controle da divisão de jatos comerciais da Embraer (SA:EMBR3) por 4,2 bilhões de dólares, o que deverá levar a uma batalha legal entre as empresas, com a fabricante brasileira afirmando que a companhia norte-americana rescindiu o contrato indevidamente.

“Há vários meses temos mantido negociações produtivas a respeito de condições do contrato que não foram atendidas mas, em última instância, essas negociações não foram bem-sucedidas”, disse Marc Allen, presidente da Boeing para a parceria com a Embraer, em comunicado à imprensa. “O objetivo de todos nós era resolver as pendências até a data de rescisão inicial, o que não aconteceu”, acrescentou.

Horas após a manifestação da Boeing, a Embraer respondeu afirmando em um duro comunicado à imprensa que o cancelamento da transação ocorreu com a companhia norte-americana fazendo “falsas alegações”.

“A empresa buscará todas as medidas cabíveis contra a Boeing pelos danos sofridos como resultado do cancelamento indevido e da violação do MTA (acordo inicial entre as empresas)”, afirmou a Embraer sem citar valores. “A Embraer acredita que está em total conformidade com suas obrigações previstas no MTA e que cumpriu todas as condições necessárias”.

A companhia brasileira afirmou ainda que “a Boeing rescindiu indevidamente o MTA e fabricou falsas alegações como pretexto para tentar evitar seus compromissos de fechar a transação e pagar à Embraer o preço de compra de 4,2 bilhões de dólares”.

Segundo a Embraer, a Boeing agiu esta maneira por causa de “à falta de vontade em concluir a transação, sua condição financeira, ao 737 MAX e outros problemas comerciais e de reputação”.