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Moeda – Dólar vai a R$5,85 após corte maior do que o esperado na Selic

O dólar renovava máximas históricas nesta quinta-feira(07/05), chegando a superar 5,85 reais no pico da sessão, com os investidores reagindo ao corte da taxa Selic a nova mínima de 3% depois que o Copom adotou postura mais ‘dovish’ do que as expectativas do mercado.

Nesta manhã, o dólar avançava 2,64%, a 5,8541 reais na venda. Na máxima do dia, o dólar bateu a máxima histórica de 5,8550 reais.

Enquanto isso, na B3, o contrato mais líquido de dólar futuro tinha alta de 2,011%, a 5,844 reais.

O Banco Central cortou na quarta-feira a taxa básica de juros à mínima histórica de 3% ao ano, redução de 0,75 ponto percentual, mais forte do que a prevista pelo consenso de mercado, e sinalizou uma última diminuição à frente para complementar o estímulo monetário necessário em meio aos impactos da pandemia de coronavírus na economia.

O BC afirmou em comunicado que uma nova redução não deve ser maior que a adotada na quarta-feira, de 0,75 ponto, indicando que a Selic não deve cair aquém do patamar de 2,25% ao ano.

De fato, a redução sucessiva da Selic a mínimas históricas tem surtido efeitos consideráveis sobre a moeda brasileira. Quanto menores os juros, menos rentáveis são os investimentos locais atrelados à Selic, o que torna o Brasil menos atraente para o investidor estrangeiro quando comparado a países emergentes de risco parecido.

Esta era a quinta sessão consecutiva de alta do dólar, que tem sido impulsionado pelo ambiente de juros baixos, além do clima político tenso após a saída de Sergio Moro do cargo de ministro da Justiça e à devastação econômica decorrente da pandemia de coronavírus. No ano de 2020, a divisa norte-americana acumula ganhos de mais de 45% contra o real.

Na quarta-feira(06/05), o dólar negociado no mercado interbancário fechou em alta de 2,03%, a 5,7035 reais na venda, nova máxima recorde para encerramento.

Enquanto isso, no mercado internacional, divisas emergentes ou ligadas a commodities, como peso mexicano, lira turca, rand sul-africano e dólar australiano, avançavam contra a moeda norte-americana. Outros ativos arriscados também ganhavam força após dados chineses melhores do que o esperado impulsionarem o apetite por risco.

Ainda no radar dos mercados estava a notícia de que os pedidos iniciais de auxílio-desemprego nos Estados Unidos totalizaram 3,169 milhões na última semana.

Fonte: (Investing.com)